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OS SOFRIMENTOS DO TEMPO PRESENTE NÃO PODEM SER COMPARADOS COM A GLÓRIA A SER REVELADA EM NÓS

Por Rev. Renan Oliveira

Confesso que fico imaginando a brutalidade com a qual Paulo e Silas foram agarrados, arrastados e levados aos açoites com varas e colocados presos dentro de um “buraco”, chamado de prisão, sem qualquer higiene ou luz do sol. As feridas causadas pelas prováveis quarenta chibatadas, menos uma, estavam expostas a tudo o que tinha de ruim naquele local.
Mas foi em meio ao sofrimento dos seus servos que o Senhor, enquanto eles cantavam um Salmo, fez a prisão tremer e as cadeias se desfazerem. Com o custo pessoal, interior e exterior, que uma situação dessa traz sobre as pessoas que a ela são expostas, Deus chamou o carcereiro de Filipos e a sua família para desfrutarem das bênçãos espirituais da salvação.
Deus pôs sob sofrimento dois crentes fieis (At 16.9-10), um deles o apóstolo Paulo, para salvar aquele que, segundo os registros bíblicos, foi primeiro europeu a conhecer a Jesus Cristo. Paulo, não sem motivo, se refere à estada dele na Macedônia como um período de grande sofrimento, acompanhado de grandes frutos (2Co 7.5; 8.1-2; 1Ts 2.2).
No ministério passamos por muitas dificuldades, humilhações –– como “chibatadas” que transpassam a pele e chegam ao mais profundo da alma. O que pode provocar em nós muitos questionamentos e até mesmo dúvidas permanentes sobre nós e o ministério. No entanto, como pastores precisamos ter extremo cuidado para que os sofrimentos e as lutas não nos deixem como herança a amargura, o ressentimento e a busca por caminhos mais fáceis. Há o grande risco de perdermos de vista que nós devemos nos oferecer como sacrifício vivo a Deus (Rm 12.1), que Deus está nos afeiçoando para parecermos mais com Jesus (Fp 4.10-13;1Pe 5.10;Ef 4.13), que fomos chamados a nos gastar nesse mister (2Co 12.15) e que os propósitos de Deus também se concretizam quando sofremos injustamente na caminhada ministerial.

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